O ambiente da sala de vigilância era quase opressivo. O espaço era mal iluminado, com a única luz vindo das inúmeras telas que ocupavam uma parede inteira. Cada monitor exibia uma visão diferente de onde Sun estava: sua casa, o caminho que fazia até o trabalho, a cafeteria que ela costumava frequentar e até o parque onde corria pela manhã.
O ar era pesado, carregado com o som baixo de teclas sendo pressionadas para ampliar a imagem. Marco estava sentado em uma cadeira de couro preto, suas pernas cruzadas e um copo de uísque repousando na mão. A luz azulada das telas refletia em seu rosto, destacando seus olhos intensos e sua expressão séria.
Ele observava Sun na tela principal, que mostrava sua sala de estar. Ela estava sentada no sofá, lendo um livro, os cabelos presos de forma desleixada, uma camiseta larga caindo de um lado do ombro. Marco apertou o maxilar, sentindo um misto de obsessão e fascinação. Cada movimento dela parecia o hipnotizar.
Lá estava ela, a coisa mais linda do mundo. Seus cachos balançavam sobre o vento, seus olhos cor de mel estavam cintilantes, seu sorriso brilha mais que a lua. "—Ahh, ela é tão linda, yoi."
— Senhor, recebemos informações que a área do sul está sendo construída uma "lojinha" nossa.
— Ok.
— Prescisamos saber se o senhor está de acordo em colocarmos as máquinas de pelúcia.
— Pode.
— Vou me retirar agora, com sua licença. — o homem curvou-se e saiu da sala do seu chefe.
— Sun, ela será minha, apenas minha, yoi.
Marco Phoenix, um dos maiores mafioso da Rússia. Alto, cabelos loiros ondulado, olhos azuis, corpo malhado, uma barba rala e uma postura de potência.
Um homem sério, frio e calculista. Tem 37 anos, solteiro e mora em uma mansão enorme, na elite da cidade.
Porém, seu coração foi roubado. Monkey D. Sun, vem de uma família de policiais, ela também é, e foi justamente tentando pegá-lo, que ele a conheceu, lembra como se fosse hoje.
— Fala logo! Você é mesmo o Phoenix, não é?! — falava ela em cima do corpo de Marco com uma pistola na apontada no rosto dele.
— Não... — seus olhos azuis estavam fixos no rosto dela.
— Eu tenho certeza que é você! Confesse ou eu te mato!
— Você tem olhos lindos, já te falaram isso, yoi?
— Hung! O que você pensa que vai ganhar com esses elogios baratos?! Eu estou atrás de você faz muito tempo! Seu maldito!
— ele riu. — Princesa, você é meu tipo. Você sentada em mim desse jeito, está me deixando excitado, yoi.
— Hung! — ela dá um tapa nele e vê seu sorriso aumentar. — Se você não é ele, quem é você?!
— Eu sou apenas um trabalhador de shopping, você deve ter me confundido com esse homem. Eu sou apenas um cidadão normal, estava indo comprar flores para minha sobrinha e derrepente fui atacado por uma policial linda, yoi.
— Você tem provas?
— Tenho. Eu posso te levar até ela, minha sobrinha ama policiais, yoi. — o loiro vai levando sua mão lentamente até a coxa da Monkey e recebeu um tapa lá.
— Vai me assediar?!
— Você já está me assediando sentado sobre minha barriga. Fora que um beldade de mulher dessas, está me fazendo perder a cabeça, yoi.
— Idiota! Você realmente não deve ser o Marco Phoenix, ele não deve ser um idiota pervetido. — Sun saiu de cima do corpo dele o vendo ainda deitado no chão de braços abertos.
— Princesa, você vai ser minha, yoi.
— Eu não vou ser de ninguém! Idiota! Não vou te pedir desculpas pelo mal entendido, você é muito abusado! — ela guarda sua arma e sai para fora da floricultura pedindo desculpas pelo ocorrido para o dono.
— Foi o melhor dia da minha vida, yoi!
Marco solta um suspiro pesado, observando as imagens de sua amada em várias telas diferentes. Ele observa cada passo dela, todos os dias.
Desde o dia em que a viu, ficou obcecado nela, todos os dias sonha com ela, bate uma no banheiro lembrando o dia em que aquele corpo estava sobre o seu. Ele tem certeza que o encaixe dos seus corpos devem ser perfeitos.
Até tentou satisfazer seu desejo de sexo usando mulheres praticamente idênticas a ela, mas foi uma perda de tempo. Nenhuma delas foi o suficiente para saciar seu tesão.
Como não pode tê-la fisicamente, o mafioso vigia cada passo dela, em todos os lugares, até mesmo na sua casa. Por ser o chefe, e ter poder sobre a cidade, teve acesso há todas as câmeras de segurança de todas os lugares.
No seu quarto, mandou pintar um quadro dela, parecido com a pintura de Afrodite sobre uma concha, usando tecidos finos sobre o corpo. A tela foi pontada pelo pintor mais famoso da Rússia, o trabalho ficou impecável.
Quando parou de olhar ela sobre as telas, saiu e foi para sua adega para beber mais um pouco. Teria uma reunião importante naquela noite.
[...]
— Marco, o que é que você tem? Nunca mais visitou minha casa noturna.. cansou das minha meninas?
— Mulher alguma será como a minha mulher, yoi.
— "Sua mulher"?
Marco está em uma reunião de negócios com Caribu, um dos parceiros dos seus negócios e bufou irritado. Ele o amolava tanto que dava nojo. Nunca gostou daquele homem, mas sua casa noturna o dava uma grana alta.
— É, eu tenho uma mulher, mas se quiser continuar a falar dela, eu te dou um tiro. Você que escolhe, yoi.
Seus capangas miram os revólveres na cabeça do seu parceiro o fazendo tremer de medo.
— Hum, então.. abriremos uma outra casa noturna.
— Isso é bom, yoi.
Os dois continuam a falar dos negócios até as 12 horas. Quando finalmente ficou sozinho, foi para sua sala vê todos os passos que Sun deu enquanto tomava um uísque.
Seus olhos estavam vidrados em cada segundo que ela se movia. Enquanto a observava ir comprar um sorvete, viu que o vendedor estava de conversinha fiada para cima dela. Apertou seu copo de uísque com tanta força que quase o quebrou. Chamou um de seus capangas imediatamente, passou a localização do indivíduo para eles e deu a seguinte ordem:
— Não o matem, mas deem um bom aviso sobre ele olhar para a mulher dos outros. Entendido, yoi?
— Sim senhor! — todos se curvam e saem.
— Agora, vamos voltar de onde paramos. Ahh, que pena, ela já vai dormir. Está tão cedo.. vou observá-la dormir, yoi. — sua atenção fica fixa na tela.
Sun foi no seu banheiro, lá não tem câmeras, depois passou no closet que também não tem câmeras, vestiu seu pijama amarelo pastel e deitou-se.
— Ela dorme como um anjo, tão bela, yoi.
A mulher se cobriu com a coberta e pegou uma pelúcia de coelhinho. Enquanto ela dormia, o mafioso deslizava eu dedo na tela sobre seu rosto adormecido.
Alguns dias depois...
Sun estava em uma lanchonete com sua melhor amiga. Era domingo e ela estava de folga, aproveitou para se divertir.
— Hey Sun! Adivinha com quem eu sai nesse sábado?!
— Com quem Luna?
— Com o Penguin! Você não tem noção, ele é menor que eu, mas Suuuun! Ele é muito bom na cama, me surpreendeu. Marcamos de sair mais uma vez.
— Que legal, ele dava em cima de você faz bastante tempo.
— Que desânimo todo é esse?! Hum?! Você nunca mais saiu com ninguém, tá na seca faz bastante tempo.
— Não ligo, prefiro focar no meu trabalho, meu último relacionamento não me trás boas lembranças.
— Aaaain! Aquele canalha do Shiriu, mas seu pai o deu uma surra.
— Muito bem dada. Eu não estou desanimado. Ontem, eu tava meio que flertando com o carinha que trabalhava na sorveteria, mas, eu soube hoje que ele foi assaltado e ainda levou uma surra.
— Que triste amiga, todo cara que você flerta ultimamente acontece algo.
— Estou com o pé frio, é melhor ficar sozinha mesmo.
— Hahaha! O Penguin tem um irmão gatinho, ele é ruivo, o que você acha?
— Eu passo amiga. Deixa para uma próxima. Vai que ele sofra um acidente, hihihi.
— Ai Sun! Um dia você encontra um cara legal. Vai por mim, você é a melhor pessoa do mundo.
— Amiga... muito obrigado!
A Monkey sorriu terminando de comer sua batata-frita.
~
— Bom saber disso meu amo, você é apenas minha mesmo, yoi. Hahaha, ela fica linda de vestido.
Marco murmurou a olhando pelas telas e ampliando a imagem no seu rosto com um sorriso.
— Senhor, nossos infiltrados descobriram, que a delegacia Monkey D., planeja invadir um cassino nosso.
— Há, é verdade isso?
— Sim senhor, acabamos de apurar essa notícia.
— Isso é ótimo, eles são a única delegacia que ainda não me devem favores, yoi.
— Devemos armar uma arapuca para pegar eles?
— Não, eu só quero a Monkey D. Sun, ela será minha, yoi.
— Faremos como desejar, o senhor também vai?
— Sim, pegarei eu mesmo minha doce Sun-yoi.
[...]
— Filha, você tem certeza que vai para esse confronto? Vocês sabem que não adianta pegar esse homem.
— Mamãe, o Phoenix é um bandido, ele tem que pagar caro pelos seus crimes, mesmo que ele seja solto, teremos a glória de capturá-los. Faremos isso em nome da justiça!
— Tudo bem, não vou falar mais nada, anjinho. Mamãe te ama e te deseja um boa sorte gigante!
— Obrigado mamãe, se hoje eu estou aqui, é por ter seguido seus passos, te amo.
As duas dão um abraço apertado e logo depois Sun saiu entrando no carro de seu pai que a esperava lá dentro. Akari os olhava da porta sentindo seu coração apertar.
No carro, os Monkey's iam tendo uma conversa descontraída e depois foram revisar todo o esquema do plano novamente.
Quando chegaram em frente ao cassino, os outros membros da delegacia já tinha entrado e se misturado no meio da multidão de pessoas.
Entre roletas de jogos, apostas altas e pessoas da alta sociedade, a polícia se anunciou. Então um tiroteio toma conta do lugar. A polícia avança firme, prenderam muitas pessoas, teve muitas perdas para o lado da justiça, mas muita glória também.
Sun, separou-se do seu bando e foi em busca do peixe maior, no meio do caos que se encontrava o lugar. Enquanto olhava de porta em porta de um corredor em busca dele, com sua respiração levemente acelerada, a arama firme nas mãos, viu uma porta bem maior no centro, aquela deveria ser a cova dos leões.
Antes de entrar, falou para sua equipe e seu pai a sua localização através dos microfones e abriu a porta dando um chute, a primeira coisa q pode vê, foi um homem sentado em uma cadeira no topo virado de costas.
— Finalmente te pe-
Ela sentiu uma picada no seu pescoço e no mesmo segundo sua vista começou a escurecer e tudo a sua volta virou um completo vácuo. Logo caiu nos braços de Marco que sorriu largamente ao ter ela nos seus braços.
— Hahaha! Finalmente minha! Vou levá-la para nossa mansão, antes que seu pai chegue, yoi.
Ele a leva para uma sala secreta no estilo noiva acompanhado do seu capanga que atirou o calmante nela.
A levou para sua mansão e lá a deitou na sua cama, mas logo percebeu que ela estava usando a farda da polícia. Como ele já tinha comprado muitas roupas caras para ela e as deixado no seu closet, resolveu dar banho nela e trocar de roupa.
Quando a levou para o banheiro que começou a tirar sua blusa, lembrou-se que ela é uma moça de família, então chamou duas empregas e ordenou para que elas desse um banho e a vestissem.
Depois de tudo feito, ele a coloca deitada novamente sobre sua cama enorme. Todo o seu quarto é em tons escuros, ele estava tão feliz por vê-la pessoalmente. Ela está linda, usando um vestido amarelo rodado de bolinhas pretas. Não pode deixar de sorrir.
Deitou-se ao lado dela, a levou para seu peito começando a sentir o cheiro do seu cabelo. Suas mãos deslizam por todo o corpo dela, apertou suas nádegas e suspirou pesado, ele tinha que manter o controle, por isso parou de tocá-la.
Levou seus lábios até a testa dela e deixou um beijo demorado lá. Suas mãos vão de encontro aos seus cachos soltos e bem penteados pelas suas empregasdas e começou a fazer um cafuné perto de sua nunca. Sentiu-se tão bem e calmo, que acabou adormecendo agarrado nela.